A Polícia Nacional (PN) de Angola proibiu a realização de duas manifestações convocadas para este fim-de-semana na cidade de Malanje.
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A primeira é organizada por um grupo de estudantes e a segunda por parte do autodenominado Movimento Revolucionário de Malanje.
A PN diz desconher a organização e que a lei impede manifestações aos domingos.
Ambas pretendem exigir a libertação incondicional dos três jovens condenados pelo Tribunal da Comarca de Malanje depois de terem pedido a demissão do governador Norberto Fernandes dos Santos, a 4 de Abril.
João Luís Domingos Ngolambole, do Movimento Revolucionário de Malanje, disse que o grupo pretende levar às ruas cerca de 1.500 jovens para protestar, também, contra a ausência de serviços sociais básicos.
“Em Malanje falta muita coisa, primeiro é a água, o saneamento básico porque não há vida sem o saneamento básico, por isso, é que nós temos muitas doenças, as diarreias agudas, malária e outras, não temos escolas suficientes”, disse Ngolambole, acenando “uma coisa bem agravante é a luz: nós em Malanje temos as duas maiores barragens do país e segunda de África”.
A PN indeferiu as duas manifestações.
O comissário António José Bernardo referiu em Angola não existe nenhuma associação ou grupo de pessoas que responde pelo Movimento Revolucionário de Angola e a lei não prevê manifestações aos domingos.
“O grupo de cidadãos que pede para que realize essa manifestação, que dá a conhecimento fá-lo em nome de um pretenso Movimento Revolucionário de Malanje, o Governo da Província de Malanje não conhece nem aqui, nem em nenhum local da República de Angola algum ente jurídico com esta denominação, não existe em Angola devidamente reconhecido pelo Estado nenhum Movimento Revolucionário de Malanje, logo, o Governo não pode ter uma relação a este nível com movimento que não tem reconhecimento jurídico”, justificou Bernardo.
O comandante da PN reunu-se com os organizadores dos protestos.