A cidade de Cabinda acordou deserta mas agitada por causa da manifestação convocada pela juventude da sociedade civil. Homens fardados e à paisana patrulhavam os perímetros por onde devia passar o protesto convocado pela sociedade civil contra a violação dos direitos humanos e das liberdades fundamentais e a má governação em Cabinda.
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Nas primeiras horas do dia, a polícia deteve o organizador da marcha, Marcos Mavungo, mas desconhece-se o seu paradeiro.
Confirma-se igualmente que o presidente do conselho provincial da Ordem dos Advogados Arão Tempo foi levado sob custódia pala polícia quando tentava seguir viagem para a vizinha República do Congo.
Arão Tempo foi mantido sob custódia das autoridades por alegadamente estar associado à organização da manifestação.
Em declarações à VOA mesmo escoltado pela policia, Tempo disse desconhecer a causa da sua detenção, mas adiantou “fazer um juramento a partir de hoje de defender o povo e as causas de Cabinda”, mesmo que o matem.
A manifestação abortada, segundo os organizadores, foi o meio encontrado para a população protestar contra as restrições no acesso às lavras pelas mulheres e a má governação do enclave petrolífero de Cabinda, a braços com altos níveis de desemprego, pobreza e pouco crescimento económico em relação às demais províncias do pais.