O garimpo ilegal, praticado geralmente sem freio, continua a atrair imigrantes zimbabweanos para as minas de ouro em zonas fronteiriças da província moçambicana de Manica, onde aquele recurso mineral é abundante, disseram várias fontes à VOA.
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Nesta semana três imigrantes zimbabweanos foram detidos e repatriados pela polícia em Nhassacara, distrito de Barué (Manica) após serem flagrados a extrair ouronuma nova zona de exploração, onde eles chegaram guiados por garimpeiros moçambicanos.
“Os três zimbabweanos foram detidos por prática de garimpo ilegal”, disse Mateus Mindu, oficial de imprensa do comando da Policia de Manica, afiançando que a operação serviu para retrair o garimpo ilegal.
A Polícia apreendeu também 28 explosivos industriais, motobombas, compressores e motorizadas, além de seis sacos de terra refinada para a extração de ouro (a terra é levada para ser lavada em rios o que provoca sua poluição), num acampamento improvisado no interior duma mata.
Piter Mandiango, 38 anos, moçambicano e garimpeiro de Manica, disse que várias vezes imigrantes zimbabweanos partilham poços (túneis de extração) em troca de valores monetários.
A polícia já fez uma operação na zona de Munhena, distrito de Manica, quando confrontou-se com garimpeiros estrangeiros que não queriam sair da zona, tendo conseguido deter e repatriado 80 garimpeiros zimbabweanos.
Na zona de Manica há ouro e pedras preciosas, tais como turmalinas de muitas variedades, incluindo as mais raras, de cor rosa e verde, que outrora atrairam milhares de estrangeiros para a região.
O saque e o contrabando de pedras, envolvendo garimpeiros continua a ser uma das preocupações da policia, que luta para travar uma actividade intensa e enraizada em Manica, que atrai para a zona garimpeiros zimbabweanos e dos grandes lagos.