Polícia moçambicana investiga libertação e assassinato de reclusos

Carro da polícia de onde os reclusos foram retirados

Um deles era acusado de participar no assassinato do procurador da Matola, Marcelino Vilanculo

A Polícia moçambicana anunciou ter aberto abriu um inquérito para apurar a libertação de dois reclusos que se encontrava num carro da polícia a caminho do tribunal e o seu posterior assassinato no passado 24 de Abril.

"A nossa obrigação é recomendar à PRM para prosseguir com a investigação de forma a localizar os que preparam o sequestro e os que ordenaram o assassínio", disse o ministro do Interior, Basílio Monteiro, citado pelo jornal Notícias.

O governante coloca de lado a hipótese de a polícia poder estar envolvida na fuga dos presos, ao afirmar não ser “provável que tenha sido a polícia a inutilizar os seus meios e a colocar as suas próprias vidas em risco”.

De acordo com a mesma fonte, em conversa com a corporação, Monteiro afirmou ter tomado “nota da análise feita pelos familiares", que admitem que a polícia esteja envolvida no assassinado dos dois reclusos

José Coutinho e Alfredo Muchanga foram libertos por homens encapuzados quando se dirigiam ao tribunal num carro celular da polícia a 24 de Abril e foram encontrados mortos no dia 5 de Maio numa cova, em Moamba, a 70 quilómetros de Maputo.

Coutinho foi apontado pelo Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos três suspeitos do homicídio do procurador da Matola Marcelino Vilanculo, há um ano, quando investigava raptos de homens de negócios.

A PGr também está a investigar a “libertação” dos presos.