Polícia impede manifestação em Angola que pedia libertação de activista

Activistas angolanos em tribunal

Familiares de activistas sofrem raptos.

A polícia angolana impediu nesta quinta-feira, 1, a realização de uma manifestação a favor da soltura do activista Francisco Gomes Mapanda“Dago Nível Intelecto”, condenado a oito meses de prisão pelo Tribunal de Luanda.

“Dago Nível Intelecto” recebeu a pena por considerar, no Tribunal Provincial de Luanda, “uma palhaçada”, o julgamento dos 17 activistas, condenados a penas de prisão de dois anos e quatro meses a oito anos e meio.

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Manifestantes dispersados em frente a prisão de Luanda - 2:06

Nito Alves, um dos promotores da manifestação, disse que duas dezenas de pessoas estiveram presentes.

“Não vamos descansar e vamos continuar a pedir a liberdade do Dago Nível”, revelou o activista, que destacou no entanto o facto de não ter havido nem detenções nem espancamentos.

Entretanto, António Tomás “Nicolas Radical”, um dos 17 activistas, foi agredido na noite de ontem no seu bairro.

A agressão, segundo ele, terá acontecido à porta da sua casa e desconfia que o queriam assassinar.

“Esses indivíduos não queriam levar nem dinheiro nem as coisas que estavam comigo, não entendi porque é que pegavamem facas e me cafricavam (batiam). Eles só queriam mesmo me matar”, denunciou.

No mês passado Mónica de Almeida, a mulher do activista Luaty Beirão foi raptada e depois libertada, enquanto Gertrudes Dala, irmã de Nuno Álvaro Dala, foi vitima de um assalto de natureza suspeita.