A Polícia Federal (PF) brasileira enviou na segunda-feira, 19, ao Supremo Tribunal Federal (STF) o relatório parcial do inquérito feito ao Presidente da República, no qual aponta indícios de que Michel Temer e o ex-assessor Rodrigo Rocha Loures cometeram o crime de corrupção passiva.
Com base nas confissões dos donos da empresa JBS, Temer passou a ser investigado pelos crimes de corrupção passiva, obstrução da justiça e organização criminosa.
A PF pediu um prazo de mais cinco dias para completar o inquérito.
Para os investigadores, é melhor que essa parte do inquérito seja enviada ao STF quando for concluída a perícia técnica da gravação feita pelo empresário Joesley Batista durante uma conversa com Temer.
A expectativa é de que a perícia no aparelho e no áudio entregue por Joesley ao Ministério Público seja concluída ainda nesta semana.
Depois que a PF concluir a investigação, o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, terá cinco dias para fazer a denúncia contra o Presidente ou para pedir o arquivamento do inquérito.
Recorde-se que o procurador Rodrigo Janot, acusou Temer e o senador afastado Aécio Neves de agirem em conjunto para impedir as investigações da Operação Lava Jato.
Ainda de acordo com o Ministério Público Federal, o presidente deu "anuência" à transferência de dinheiro ao antigo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha para que o deputado cassado não chegue a acordo com a justiça.