A Polícia Judiciária de Cabo Verde deteve e apresentou à justiça uma cidadã espanhola acusada de traficar mulheres para fins sexuais para Angola. O tribunal aceitou a denúncia e decretou o Termo de Identidade e Residência à acusada a a impediu de deixar o país.
Segundo o jornal cabo-verdiano A Voz, a denúncia foi feita por três mulheres que teriam sido contactadas pela espanhola que prometeu conseguir-lhes trabalho num hotel de luxo em Luanda, Angola.
As três cabo-verdianas suspeitaram que algo não batia certo, quando a espanhola, que vive na ilha do Sal, entregou-lhes os bilhetes de passagem, mas reteve os passaportes.
“Disseram que depois de tudo acertado, a senhora apenas lhes entregou as passagens, sem os passaportes, alegando que tinha de viajar para o estrangeiro e que só lhes entregava os documentos no regresso”, conta uma fonte policial citada pelo jornal.
Com a denúncia, a PJ investigou e descobriu que a mulher estava na mira judicial desde 2013, quando um são-tomense foi detido no Sal, também sob a acusação de traficar mulheres, sobretudo para Angola. Ele e a espanhola, supostamente, mantinham uma relação amorosa.
Depois de passar um bom tempo fora de Cabo Verde, a espanhola regressou ao arquipélago há seis meses, passando a estar debaixo do olho da PJ.
Com um mandado de prisão, a polícia invadiu na semana passada a casa da cidadã, onde encontrou os passaportes das jovens e de outras pessoas,inclusive de rapazes, bem como documentos falsos, uma elevada quantia em dinheiro, drogas, telemóveis, computradores portáteis e outros equipamentos electrónicos.
A cidadão espanhola aguarda agora o julgamento.