O Programa Mundial Alimentar (PMA) necessita de 102.5 milhões de dólares para suprir as necessidades de assistência alimentar e humanitária das pessoas afectadas pelo terrorismo nas provinciais de Cabo Delgado, Nampula e Niassa, no norte de Moçambique.
A informação foi avançada por Antonella D’Aprile, directora nacional e representante do PMA em Moçambique, à margem da visita a Maputo da embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield.
Pelo menos um milhão de pessoas precisam de assistência e protecção humanitária como resultado do impacto contínuo do conflito armado, violência e insegurança.
Antonella D’Aprile revelou que o PMA "tem disponível apoio humanitário que chegará ao fim em Janeiro" e que necessita de mais ajuda financeira para os próximos seis meses.
Sem apoios poderá ter de suspender a ajuda já no próximo mês.
Os Estados Unidos da América, através da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional, são um dos principais parceiros do PMA em Moçambique e a embaixadora Linda Thomas-Greenfield reafirmou o apoio norte-americano às causas humanitárias no país.
“Estou extremamente orgulhosa que os Estados Unidos da América através da USAID seja o maior doador para a maioria destes programas e é deveras impressionante constatar o que é que esse financiamento faz para milhões de moçambicanos. O povo moçambicano tem sido assolado por várias catástrofes por conflitos, mudanças climáticas, pela COVID e outras questões sanitárias, e todas estas organizações trabalha directamente parando alívio do sofrimento do povo a cada dia”, disse a embaixadora.
Estima-se que mais de 735.000 pessoas estejam deslocadas internamente em Moçambique devido ao conflito em Cabo Delgado, incluindo 663.276 em Cabo Delgado, 68.951 em Nampula e 1.604 em Niassa.