A startup Field Right quer revolucionar o mercado mundial com a sua plataforma digital que gerencia a conexão entre o produtor, o consumidor e as grandes cadeias de compradores, como supermercados, distribuidoras, restaurantes e cozinhas industriais.
Em entrevista à Voz da América, Alexandre Sérgio Manganda, CEO da Field Right, disse que o modelo de negócio está sendo implementado no estado de Santa Catarina, Brasil.
Produtores de cidades como Criciúma, Imbituba, Florianópolis e Blumenau estão começando a ver a sua renda aumentar porque agora eles vendem diretamente os seus produtos a consumidores e empresas através do aplicativo desenvolvido pela Field Right.
A Field Right tem uma equipa completa com agrónomo, contabilista, economista, engenheiro e analista de mercado. Além de conectar o produtor ao consumidor, a startup oferece dicas de como planear e produzir.
Angola
A Field Right já fez contactos com fazendeiros nas províncias do Bengo, Benguela e Huambo para começar a viabilizar o processo. Palestras estão programadas para informar os agricultores de como eles podem gerar renda e empregos nas suas localidades.
No entanto, os desafios que a startup enfrentará em Angola são enormes. Mais da metade da população vive na zona rural em extrema pobreza, sem acesso à água, electricidade, infra-estrura, estradas asfaltadas e internet.
Manganda quer dar o seu contributo a Angola e não parece se intimidar com as dificuldades que estão no seu caminho. Alguns anos atrás ele saiu de Luanda e foi estudar economia em Florianópolis, Brasil, em uma das universidades mais importantes da América Latina, a Universidade Federal de Santa Catarina. Formou-se recentemente e foi aceito em dois mestrados, um deles na prestigiada universidade suiça ETH Zurich.
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O empresário sabe que Angola tem um solo fértil e quão importante a agricultura é para a economia de um país.
"Quanto mais a população tiver renda, mais ela terá acesso ao consumo e à troca comercial entre a cidade e a zona rural. Se o Estado criar meios que sejam eficientes e possam facilitar a vida da população seria útil."
E acrescentou: "Esse aplicativo é um meio de suporte que vai fazer essa ponte entre a cidade e a zona rural".
Manganda planeia continuar a investir nos seus estudos e abrir novos negócios.