O escolhido pelo Presidente eleito Donald Trump para secretário de Defesa, Pete Hegseth, disse nesta quarta-feira, 4, que continua a sua luta para obter a confirmação do Senado, apesar de notícias que apontam que Trump está a considerar a possibilidade de nomear outra pessoa para o cargo.
A nomeação de Hegseth, um oficial militar condecorado de 44 anos de idade e apresentador de um programa da Fox News, para liderar o Pentágono enfrentou ventos contrários no Senado, que tem confirmar a sua nomeação, enquanto enfrenta perguntas sobre alegações de má conduta sexual e uso excessivo de alcool.
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Sem um historial de gestão de uma grande organização, seja no mundo militar ou corporativo, Hegseth é uma escolha pouco convencional para supervisionar os quase 2,9 milhões de soldados ativos e de reserva do país em todo o mundo, juntamente com outros 700.000 civis que trabalham para o exército.
Ao sair hoje de um encontro com senadores do Partido Republicano, ele disse que não vai recuar.
Sem recuos
A imprensa avançou que o Presidente eleito está a reconsiderar subsituir Hefseth pelo governador da Florida, Ron DeSantis, ou pelo senador do Iowa, Joni Ernst, um antigo oficial militar.
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DeSantis é um veterano da Marinha que concorreu sem sucesso contra Trump pela nomeação presidencial republicana de 2024 antes de se retirar em janeiro.
Na plataforma de redes sociais X, Hegseth disse: "Estou a fazer isto pelos combatentes, não pelos fomentadores da guerra. A esquerda tem medo dos perturbadores e dos agentes de mudança. Têm medo de @realDonaldTrump – e eu. Então, difamam fontes falsas e anónimas e histórias BS. Não querem a verdade. Os nossos guerreiros nunca recuam, e eu também não”.
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No Capitólio, enquanto se dirigia para se reunir com senadores Hegseth disse aos jornalistas que falou com o Presidente eleito esta manhã e que ele lhe disse: "Continue, continue a lutar. Estou a apoiá-lo o tempo todo.'... “Porque é que eu recuaria?”
A NBC News noticiou na terça-feira que 10 atuais e ex-funcionários da Fox disseram à cadeia que os colegas de trabalho de Hegseth na estação estavam preocupados com o seu consumo de álcool, incluindo ocasiões em que apareceu no trabalho a cheirar a álcool e a falar sobre estar de ressaca.
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Outras notícias levantaram dúvidas sobre as festas e bebidas de Hegseth em grupos de veteranos que supervisionava.
Pete Hegseth também enfrenta perguntas sobre um encontro em 2017 numa conferência de mulheres republicanas na Califórnia, onde uma mulher o acusou de a agredir sexualmente depois de beber muito.
Ele disse à polícia que estava a investigar a sua alegação de que o encontro foi consensual e nenhuma acusação foi feita.
Alguns anos mais tarde, porém, Hegseth pagou à mulher uma quantia não revelada para não intentar uma ação judicial contra Hegseth que temia perder o seu programa de fim de semana na Fox.
Um aliado de Trump, o senador republicano Lindsey Graham, classificou na terça-feira as acusações contra Hegseth como "muito perturbadoras" e disse que algumas delas "serão difíceis" para alguns senadores que ponderam a sua nomeação.
O senador republicano John Thune, da Dakota do Sul, o novo líder da maioria no Senado, disse que Hegseth deve abordar as acusações preocupantes que enfrenta.
“Há questões difíceis a serem levantadas, por isso ele terá de respondê-las”, disse Thune.
A partir de janeiro, os republicanos terão uma maioria de 53 contra 47, o que significa que Hegseth não poderá perder o apoio de não mais de três republicanos, com o vice-presidente eleito JD Vance a dar o voto de desempate, se necessário.
É improvável que ele obtenha qualquer apoio democrata.
Texto de Ken Bredemeier.