A decisão do governo angolano de autorizar o recomeço das aulas nas escolas do país não serviu para pôr termo às divisões que há muito se faziam sentir sobre esta questão.
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Enquanto as escolas privadas apoiam a decisão do governo, anunciada na terça-feira, organizações de professores e estudantes manifestam dúvidas que haja condições nas escolas públicas para garantir a segurança sanitária durante a pandemia da Covid-19.
António Pacavira, presidente da Associação Nacional do Ensino Particular, disse que nas escolas privadas estão todas as condições criadas para o recomeço das aulas.
Pacavira anunciou uma reunião a núvel nacional na sexta-feira para se ultimar os preparativos e disse que é intensão das escolas do ensino particular “reenquadrar” todos aqueles trabalhadores do ensino particular cujo “ vínculo laboral” tinha sido suspenso devido à suspensão das aulas.
Francisco Teixiera presidente do Movimento dos Estudantes Angolanos MEA, concordou que há condições para o recomeço das aulas no ensino particular mas disse que isso não acontece a nivel das escolas públicas.
Guilherme Silva, Presidente do Sindicato dos Professores Angolanos (SINPROF), disse por seu turno que a sua organização não está contra o reeinício do ano lectivo mas alerta para a falta de condições nas escolas públicas o que pode comprometer o trabalho dos professores..
Para Guilherme Silva os professores apoiam o recomeço das aulas desde que “o estado crie as condições”.
“O que constantamos no terreno é que as condições não existem”, disse acrescentando que no que diz respeito às declarações do governo de que até Outubro serão criadas todas essas condições “vamos ver para crer”.
Nas medidas anunciadas na terça feira o governo autorizou também a venda ambulante em cinco dias da semana.
José Ambrósio Cassoma, presidente da Associação Angolana dos Vendedores Ambulantes (AAVA) diz que a medida é bem-vinda mas que é necessário reorganizar a classe.
“ É positivo mas queremos também que se criem condiçóes para organizar o comércio ambulante” disse