O MpD, partido no poder em Cabo Verde, reage com naturalidade à manifestação realizada no dia 5 de Julho em São Vicente e manifesta total disponibilidade para dar respostas aos compromissos assumidos durante a campanha eleitoral.
O PAICV e a UCID, na oposição, consideram que a iniciativa da cidadania constitui sinais claros para que os políticos e o Governo, em particular, assumam as suas responsabilidades na governação e na resolução das principais necessidades do povo.
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Para Miguel Monteiro, do MpD, é salutar na democracia, os cidadãos manifestarem-se, mostrando à classe politica que estão atentos e comprometidos no processo de desenvolvimento do país.
No entanto o secretário-geral do partido no poder lamenta que essa manifestação não tenha acontecido antes, uma vez que, na opinião de Monteiro, São Vicente já teve “uma maior taxa desemprego e outras dificuldades, mas talvez não fora realizado por receio de alguma coisa”.
Ele reafirma o compromisso do Governo em avançar com o processo de regionalização para dar mais autonomia às ilhas, e para São Vicente em concreto.
Miguel Monteiro afirma ainda que o Executivo está no bom caminho, realçando o crescimento económico que se situa nos 4 por cento.
Por sua vez, o secretário-geral do PAICV, na oposição, considera que a manifestação de São Vicente surge pelo incumprimento de um conjunto de promessas feitas pelo actual Governo.
Julião Varela considera que essa movimentação popular “deve ser vista com muita atenção por todos os sujeitos políticos, que no quadro dos próximos orçamentos devem aprovar projectos concretos que possam responder às necessidades dos cidadãos”.
Quanto ao facto de a manifestação não ter acontecido antes por receio de alguma coisa como menciona o dirigente do MPD, o secretário-geral do maior partido da oposição lembra que durante a anterior governação houve várias manifestações com destaque para a grande movimentação popular organizada pelo MAC-114, sem que alguma pessoa sofresse consequências por isso.
Sobre a manifestação realizada em São Vicente, o deputado da UCID, João Luís, considera ter sido justa porquanto a ilha enfrenta muitas dificuldades e não tem havido acções concretas dos governos centrais e local para revolver os problemas.