Partido sul-africano quer estrangeiros fora do país

Manifestação contra a xenofobia, África do Sul, 2015.

E diz que não está a instigar a violência ou xenofobia.

A formação política sul-africana African Based Moviment Party, registado para concorrer às eleições gerais de 2019, quer imigrantes africanos, paquistaneses e chineses fora do país até final deste ano, alegando que são criminosos e tiram emprego e oportunidades de negócios criadas para os nacionais.

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Partido sul-africano quer estrangeiros fora do país

O Secretário-geral Thembelani Ngubani disse que o seu partido escreveu uma carta para o presidente Cyril Ramaphosa solicitando a deportação de todos os imigrantes que vivem na África do Sul sem documentos legais.

Para Ngubani, o partido não está a instigar a violência ou xenofobia contra os africanos, paquistaneses e chineses

Em Moçambique e noutros países ninguém pode entrar sem documentos validos para fazer negócio ou trabalhar como professor, disse Ngubani, que argumenta que, na África do Sul, há muitos jovens formados como professores, mas estão desempregados porque os seus empregos foram ocupados por estrangeiros.

Ngubani defende que os migrantes envolvidos em pequenos negócios devem empregar pelo menos 100 sul-africanos ou então fazer aquilo que acontece com as companhias de produção de carros que abriram linhas de montagem de viaturas na África do Sul dando empregos a cidadãos do país.

Constituição protege a todos

No entanto, a Ministra sul-africana dos Pequenos Negócios tem afirmado que não é política do governo do ANC fechar as portas para estrangeiros.

Lindiwe Zulu diz que a constituição sul-africana protege todas as pessoas que vivem na África do Sul.

Segundo a Ministra, instituições que lidam com a migração têm instrumentos legais para lidar com imigrantes ilegais, pelo que ninguém está autorizado a fazer justiça com as próprias mãos contra imigrantes, mesmo que sejam ilegais.

Declarações como as do Secretário-geral do African Based Moviment Party provocaram violência em 2015 contra imigrantes africanos, que culminou com a morte de, pelo menos, sete pessoas, incluindo um imigrante moçambicano.