O Parlamento moçambicano inicia amanhã, 3, o debate em torno do estatuto de líder da oposição, agora com a clarificação de que o mesmo não é atribuído apenas ao presidente da Renamo, Afonso Dhlakama, mas a todos aqueles que se posicionarem em segundo lugar nas eleições presidenciais.
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Dhlakama, depois de, inicialmente, se ter mostrado entusiasmado com a ideia, começa agora a dar a indicação de que já não quer essa solução de líder da oposição e prefere uma outra, tendo, durante a sua recente visita à zona centro de Moçambique, reiterado a formação de um Governo de gestão.
Entretanto, em meios académicos, esta ideia tem sido bem acolhida, uma vez que, na opinião de Calton Cadeado, especialista em assuntos internacionais e de segurança no Instituto Moçambicano para as Relações Internacionais, "estamos a pensar no futuro".
Segundo aquele académico, "na eventualidade de um dia a Frelimo ir para a oposição, o seu candidato não terá outro tratamento, que não seja o de protocolarmente bem destacado".
O estatuto de líder da oposição foi anunciado pelo chefe de Estado, Armando Guebuza, mas o porta-voz da Assembleia da República, Mateus Katupa, diz ser competência do parlamento legislar sobre esta matéria.
Entretanto, sabe-se que o futuro cargo de líder da oposição vai representar um encargo financeiro de mais de 71 milhões de meticais para os cofres do Estado.