Os protestos que assolam Moçambique desde que foram anunciados os resultados eleitorais tiveram destaque no Parlamento Europeu na noite de terça-feira, 26.
Os eurodeputados pediram que a União Europeia tenha um papel mais ativo na resolução da crise política e social em Moçambique.
Hélder Sousa e Silva, membro da missão eleitoral do Parlamento Europeu às eleições eleitorais de Moçambique lembrou que "é crucial que todas as partes envolvidas respeitem o estado de direito. A História também nos mostra que a paz é possível mesmo em circunstâncias difíceis como é o caso".
Os vários eurodeputados portugueses participaram na sessão, lembrando que é também papel da União Europeia fazer mais para resolver a situação no país africano.
"Garantir a transparência eleitoral e parar a repressão são passos essenciais que a União Europeia deve apoiar no respeito pela autodeterminação e soberania moçambicanas.", afirmou a eurodeputada do partido português Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
Os políticos pediram ainda mais ajuda humanitária para resolver os problemas de fome e conflito em Moçambique.
Durante uma visita bilateral do Secretário-Geral da ONU, António Guterres, ao Primeiro-Ministro de Portugal, Luís Montenegro afirmou estar atento à situação em Moçambique e adiantou estara trabalhar para "garantir a capacidade de diálogo".
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“Vamos esforçar-nos para garantir a contenção, para garantir a capacidade de diálogo, para poder garantir que não haja uma escalada de violência em Moçambique, para que possa ser ultrapassada com respeito pelas instituições e pelos valores democráticos.”, declarou Montenegro.
O país permanece numa crise política e social depois de o encontro entre o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e os candidatos presidenciais para buscar soluções para a crise pós-eleitoral ter fracassado.
Veja Também Moçambique: Sem Venâncio Mondlane, Nyusi “falha” encontro com candidatos presidenciaisAs manifestações continuam no país, marcadas por dezenas de mortes.