O Parlamento angolano está sem dinheiro para levar a cabo a totalidade das suas actividades e funções, revelou o deputado da Unita Adalberto da Costa Júnior, que disse que em termos financeiros a assembleia “está de cócoras”.
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“Não há dinheiro para trabalhar, para as missões parlamentares, não há dinheiro para as viagens parlamentares, até para pagar o pequeno almoço”, disse acrescentando que os parlamentares têm que individualmente “custear despesas dos carros protocolares e outras despesas porque não há dinheiro no parlamento”.
O deputado disse que o país atravessa uma crise com uma “degradação social e económica sem precedentes “.
“Há atrasos no pagamento de salários como nunca houve, por exemplo nas Forcas Armadas que sempre foram tratadas como diamante, há atrasos no pagamento de cubanos que estão a ajudar o país na educação e saúde e que estão a ir embora", denunciou o parlamentar.
Para Adalberto Júnior, os dirigentes estão “distraídos” da realidade porque não são afectados pela crise que na sua opinião “não faz qualquer sentido”.
“Angola não tem motivos para esta crise mesmo com o preço do petróleo em baixa”, disse, fazendo notar que “países há que sem petróleo, como Cabo Verde, que vivem com dignidade”.
“Nós só temos de deixar de roubar descaradamente e os órgãos de justiça fiscalizarem melhor e deixarem de depender do poder executivo", pediu o deputado para quem sem essas mudanças a situação nunca se irá alterar.