O papa Francisco regressou ao Vaticano, depois de um curta visita ao refugiados sírios à ilha grega de Lesbos, com 12 refugiados, entre eles seis crianças, informou neste sábado, 16, a Santa Sé.
"O papa quis dar um sinal de acolhida aos refugiados", disse o padre Federico Lombardi, que informou que a iniciativa foi tomada com a permissão das autoridades competentes.
A ilha grega de Lesbos concentra neste momento cerca de 3.000 de refugiados e imigrantes que serão deportados aos seus países de origem por terem chegado à Europa após a entrada em vigor do acordo entre a Turquia e a União Europeia.
Durante a visita ao campo de Moria, em Lesbos, o papa Francisco levou uma mensagem de consolo e esperança aos refugiados e disse que não estão sós.
No seu discurso, ele pediu ao mundo, e sobretudo à Europa, para que responda de maneira "digna de nossa humanidade comum" à crise migratória
"Que todos os nossos irmãos e irmãs deste continente, como o Bom Samaritano, venham ajudá-los no espírito da fraternidade, solidariedade e respeito pela dignidade humana que marcou sua longa história", disse Francisco, que observadores dizem ser uma repreensão implícita à vontade das autoridades europeias de reenviar esses migrantes à Turquia.
"Os imigrantes, antes de serem números, são pessoas", ressaltou o papa, reiterando que foi "atrair a atenção do mundo sobre esta grave crise humanitária e pedir uma resolução".
Francisco foi recebido pelo primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, e pelo patriarca ecumênico Bartolomeo, que lhe deram as boas-vindas.