O Papa Francisco condenou durante o tratamento dado aos migrantes que cruzam o Mar Mediterrâneo para entrar na Europa, que classificou como um "pecado grave" não oferecer ajuda aos navios de migrantes.
Veja Também A democracia não está boa no mundo, alerta o Papa FranciscoNa audiência geral semanal na Praça de São Pedro, nesta quarta-feira, 28, o Pontífice pediu a expansão das rotas de acesso para migrantes e uma "governança global da migração baseada na justiça, fraternidade e solidariedade".
"Nesses mares e desertos mortais, os migrantes de hoje não deveriam estar lá, e infelizmente estão. Mas não é por meio de leis mais restritivas, não é por meio da militarização das fronteiras, não é por meio de rejeições que conseguiremos isso. Em vez disso, conseguiremos isso através da
expansão de rotas de entrada seguras e legais para migrantes, facilitando o refúgio para aqueles que fogem de guerras, violência, perseguição e tantas calamidades”, defendeu Francisco.
A travessia de migrantes através do Mar Mediterrâneo em embarcações simples ou botes artesanais do norte da África e do Médio Oriente tem sido objeto de intenso debate em toda a Europa na última década.
A Organização Internacional para as Migrações estima que mais de 30.000 migrantes que cruzavam o Mediterrâneo desapareceram desde 2014.