O Papa Francisco canonizou 35 novos santos Católicos Romanos neste domingo, 15 de Outubro, incluindo três crianças indígenas martirizadas no século XVI no México e consideradas os primeiros cristãos mortos por sua fé no Novo Mundo, e 30 mártires que foram mortos no Brasil por sua fé em 1645.
Francisco usou a ocasião para anunciar que havia decidido convocar uma reunião de bispos, ou sínodo, de países da região da Pan-Amazónica para Outubro de 2019, para discutir a condição da Igreja na área e a difícil situação do povo indígena.
A região inclui a Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Venezuela, Equador, Colômbia, Bolívia, Peru e Brasil.
As três crianças que o Papa canonizou diante de uma multidão de dezenas de milhares na Praça São Pedro eram do povo Talaxcaltec, grupo indígena pré-Colombiano no que é hoje o México.
O Papa também canonizou 30 mártires mortos pela sua fé no Brasil em 1645. Eles incluem dois missionários portugueses e 28 seguidores mortos pelos soldados coloniais holandeses durante o período de perseguição aos Católicos.
Ao anunciar o sínodo de 2019 para os bispos da região amazónica, Francisco disse que o povo indígena da região hoje está “com frequência abandonado e sem a perspectiva de um futuro brilhante, mesmo devido à crise na Floresta Amazónica, pulmão de extrema importância para nosso planeta”.
Francisco, argentino e o primeiro Papa latino-americano, tem relacionado seus pedidos por justiça social, em particular para o povo indígena, àqueles pela defesa do ambiente, dizendo que os pobres serão os que mais sofrerão os efeitos das mudanças climáticas.