PAIGC reconhece resultado das presidenciais de Dezembro de 2019

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Domingos Simōes Pereira, presidente do PAIGC (Foto de Arquivo)

Bureau Político do partido exige que Úmaro Sissoco Embaló tome posse legalmente antes de o reconhecer como Presdiente da República

O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) decidiu reconhecer o resultado da eleição presidencial de 29 de Dezembro de 2019, ganha por Úmaro Sissoco Embaló, à luz da última decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).

A decisão anunciada neste domingo, 6, foi tomada pelo Bureau Político do partido no sábado, num encontro em que o presidente Domingos Simões Pereira pediu aos seus dirigentes e militantes a conciliarem as suas aspirações com as do povo, enquanto centro das prioridades do partido.

“Tendo ainda em conta que a decisão do STJ veio a esgotar todos os mecanismos legais e constitucionais para reclamação dos resultados eleitorais, o Bureau Político deliberou reiterar a sua aceitação do veredicto da corte Suprema de Justiça, que validou os resultados eleitorais proclamados pela CNE e que deu como derrotado o candidato Eng° Domingos Simões Pereira na 2ª volta das eleições presidenciais de 29 de Dezembro de 2019”, lê-se no comunicado do PAIGC, ressalvando que, apesar deste novo posicionamento, reitera reconhecer Úmaro Sissoco Embaló como Presidente se este tomar posse “formalmente, à luz da lei do país”.

Na reunião, o PAIGC também reiterou o seu apoio a Domingos Simões Pereira com uma moção de confiança pela “forma sábia, e competente como tem conduzido os destinos do partido e lidado com a crise política persistente no país”.

Na sua comunicação, Pereira fez uma "chamada de atenção aos militantes ou dirigentes, que têm tido como modus operandi o aproveitamento político, em momentos de crise, em vez de agirem em conformidade com os pressupostos estatutários convencionados requeridos para fazer a vontade da maioria" e insistiu que o PAIGC "deve se reger por uma direcção colegial e reflectir as aspirações do Povo, enquanto centro das prioridades".

Quanto aos protestos contra a falta de reuniões de órgãos estatutários do PAIGC, diz a nota, "o presidente do partido convidou os contestatários a apresentarem fundamentos na plenária do Bureau Político, lembrando-lhes que, perante o confinamento, determinado pela Covid-19 tornava-se difícil a realização de sessões plenárias desta natureza".

O Bureau Político aprovou vários moções, como as de solidariedade para com os familiares das vitimas do trágico acidente de viação da localidade de Cambesse no Sector de Bambadinca-Xitole, e as vítimas do naufrágio, e o calendário político de Junho de 2021 a Maio de 2022, com a realização dos congressos da UDEMU e da JAAC, conferências e o próximo Congresso do PAIGC.