Ouvinte reclama da qualidade dos laboratórios nas universidades

  • Danielle Stescki

Tiago Francisco

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Francisco Tiago, de 27 anos, é estudante do curso de Engenharia de Petróleo com especialidade em Refinação. Trabalha como técnico de laboratório numa instituição de ensino superior em Luanda.

Sobre o ensino superior em Angola, Tiago diz que tem muito que melhorar. “Estamos a dar alguns passos significativos, mas no contexto geral ainda está mal”.

Ele reclamou da qualidade dos laboratórios, e acrescentou que “existem poucas universidades que oferecem laboratórios condignos”.

Quando os estudantes não têm acesso a bons laboratórios, isso os prejudica no mercado de trabalho, porque depois de formados precisam passar ainda por um processo de treinamento antes de poderem começar a trabalhar.

Outro problema apontado por Tiago é a falta de professores qualificados para ensinar. “Em Angola nós temos um grande problema de quadros bons. Existem pessoas que sabem fazer, mas não sabem transmitir”, explicou.

Ele acredita que se profissionais da indústria fossem contratados para complementar o quadro de professores nas universidades isso faria com que a qualidade do ensino melhorasse.

Tiago também comentou o excesso do número de universidades nas quais os docentes leccionam. Disse que os professores leccionam em três ou quatro universidades por causa da escassez do quadro.

Isso faz com que os professores fiquem sobrecarregados, e acaba afectando a maneira que o professor ensina, pois ele não tem muito tempo para dedicar-se aos alunos.

Tiago, que termina o ensino superior no fim do ano, não está optimista sobre o mercado de trabalho. Pensa em continuar a trabalhar como técnico de laboratório até a situação na área petrolífera melhorar.

Confira a entrevista na íntegra.

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Entrevista com Francisco Tiago