A menos de duas semanas das eleições gerais em Angola, não há como não abordar o assunto. Delson Valente que, além de ter um emprego formal na província da Huíla, também é empresário e consultor de moda, conta que a campanha eleitoral está a correr de uma forma pacífica e ordeira.
“Isso é um ponto a frisar nesse aspeto porque nós viemos de situações muito mais complicadas,” diz.
Mas julga que agora há amadurecimento a nível dos partidos políticos, além de o povo estar mais consciente daquilo que quer, e as eleições estarem organizadas.
“Está todo mundo a fazer o seu papel ao seu jeito, sua forma. Uns bem, outros mal, mas está a haver tolerância política. Não posso me queixar muito desse pleito eleitoral.”
No entanto, Delson Valente diz que a vida em Angola é sempre complicada. A crise acentuou ainda mais os problemas de saúde, educação, saneamento básico e desenvolvimento humano.
“Temos uma estrutura que está a responder apenas a nível salarial”.
Delson Valente não perde a esperança e continua a acreditar que o dia de amanhã será melhor e que a perspetiva de vida pode melhorar muito. Ele tem uma mensagem de patriotismo e de humildade para os angolanos que estão na diáspora nas Américas, ou outra qualquer parte do mundo.
“Temos que de facto reconhecer que se o país falhou todo mundo falhou. Não interessa se estamos em Angola ou no exterior, porque todos nós gostaríamos de ter uma vida boa, bem melhor, mas infelizmente essa sorte não coube a todos".
Ele pensa que se não deu para todo mundo realizar-se nesse aspeto, então é preciso que as pessoas sejam mais solidárias e espalhem sementes de esperança e alegria.
"É isso que precisamos para ter um mundo melhor, uma vida melhor e para dar esperança para que as nossas crianças tenham um futuro melhor".
Vantente conclui: "Então, angolanos, vamos lutar porque acredito que juntos podemos fazer Angola um país melhor, mas tem que ser com humildade, olhando com amor ao próximo.”
Your browser doesn’t support HTML5