Ari Esteves, de 29 anos, está a cursar Engenharia Civil na Universidade Federal de Ouro Preto, Minas Gerais. Irá concluir o curso no final do ano e depois voltará para Angola.
"Estou aí para servir Angola. Onde tiver emprego, onde houver necessidade é pra lá que eu vou," afirmou o estudante.
Mas para esse jovem angolano tudo começou no Cazenga, onde frequentou a antiga escola primária número 724 e o Instituto Médio Politécnico Alda-Lara, IMPAL.
Foi através do pai que soube que poderia estudar em uma universidade brasileira. Então inscreveu-se no Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo, INAGBE.
"A inscrição é feita dois meses antes de embarcar para o país escolhido para estudar".
Embora Angola e Brasil compartilhem a mesma língua oficial, há diferenças no vocabulário, no sotaque, e no uso dos tempos verbais, o que no início dificulta um pouco a comunicação, mas nada que não possa ser resolvido em alguns meses.
Várias universidades no Brasil exigem que estudantes que falem o português europeu façam um curso para adaptarem-se ao português do Brasil. Mas não foi o caso de Esteves.
Ele contou que a Universidade Federal de Ouro Preto não fez essa exigência. Assim mesmo, achou que seria melhor fazer o curso.
Sobre a oportunidade de estudar no Brasil, Ari Esteves disse que é uma experiência boa e única porque equivale a um intercâmbio de culturas.
Ele disse, por exemplo, que gosta de feijão tropeiro e de pão de queijo, pratos típicos do estado de Minas Gerais.
Não gosta, porém, do clima frio da capital mineira, Belo Horizonte, aonde ele vai com frequência. Antes de viajar para o Brasil, achava que o clima ali era apenas tropical.
Nada como morar em outro país para expandir o conhecimento.
Confira a entrevista na íntegra.
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