Silvestre Quifuta, de 49 anos, é ex-militar e trabalha numa construtora portuguesa em Luanda há 15 anos. Tem sete filhos.
Embora esteja empregado, leva uma vida muito difícil. “Nós estamos desesperados e não sabemos como sair dessa situação,” explica.
A vida dele, como a de muitos outros angolanos que moram em Luanda, é um constante desafio.
Quando chove, Quifuta diz que tudo vira um caos. Ele conta que, há dias, nem conseguia entrar no bairro onde mora porque a estrada estava cerrada com lixo.
Quifuta só começou a ter água canalizada em casa há três anos. Apesar de pagar muito para ter essa necessidade básica, ainda enfrenta problemas com a falta de água. Ele acrescenta que também sofre com a falta de luz.
Em meio a todos esses desafios, esse pai de família faz o que pode para tentar ter uma vida melhor.
Silvestre Quifuta e um grupo de colegas de trabalho praticam a kixiquila, uma espécie de consórcio. No final do més, escolhem um colega do grupo para receber a metade do salário de cada um. Cada mês é um colega diferente que recebe o dinheiro extra. Essa prática é muito usada para pagar dívidas, comprar electrodomésticos, entre outras coisas.
Silvestre Quifuta é um ouvinte da VOA desde os 14 anos da idade..
Oiça a entrevista na íntegra.
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