O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, minimiza as contestações à sua liderança por parte de alguns guerrilheiros, e diz que vai cumprir o seu mandato até ao fim.
Alguns guerrilheiros da Renamo têm vindo, nos últimos tempos, a contestar a liderança de Ossufo Momade, a quem acusam de dirigir mal o Partido, mas ele diz que não sai, “porque fui eleito no congresso e estou dentro do mandato.
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“Em 2024 vamos realizar o nosso congresso e é esse congresso que irá determinar se Ossufo Momade vai continuar ou não”, enfatiza o líder partidário.
A contestação é liderada pelo general Thimocene Maquinze, que para o porta-voz da Renamo, José Manteigas, “está a ser vitima de uma maquinação, porque o general Maquinze fez um trabalho muito estreito com o Presidente Ossufo Momade, é o nosso chefe de estado maior general e tem uma interação permanente com o presidente do nosso Partido”.
Mão externa
Entretanto, o analista político Tomás Vieira Mário, sem afirmar se existe ou não alguma maquinação neste caso, critica o facto de, na classe política moçambicana, haver um discurso muito fácil de nunca olhar para dentro e encontrar razões internas, mas sempre encontrar razões fora do Partido.
“É sempre uma mão externa, é sempre um infiltrado, é sempre uma sabotagem, nunca há coragem de olhar para dentro e dizer assim, vamos sentar e nos entendermos entre nós,” diz Vieira Mário.
Por seu turno, o analista político Lucas Ubisse defende que a Renamo se deve reencontrar, alertando que com a aproximação das eleições, não só as autárquicas deste Outubro, como também as legislativas e presidenciais de 2024, as fissuras que existem no partido se podem exacerbar para outros fins, e isso seria muito mau para o país, que precisa de uma oposição forte.