O relatório económico de Angola referente ao ano de 2017 apresentado pela
Universidade Católica de Angola constata uma dinâmica de crescimento negativo no primeiro trimestre do corrente ano.
Para falar sobre o assunto, ouvimos o economista Alves da Rocha, a docente universitária Alexandra Simeão e o investigador Sérgio Calundungo.
Os dados divulgados pelo relatório Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, com base no desempenho da economia angolana durante o ano de 2017, constata que o aumento da população não está ser acompanhado pelo crescimento da economia, devido à crise, aos poucos investimentos na produção petrolífera, principal produto de exportação.
Your browser doesn’t support HTML5
Para o período em referência, segundo o relatório, a economia angolana prevê uma taxa média de crescimento de 2,8 por cento, mas no primeiro trimestre do ano em curso o Produto Interno Bruto angolano contabilizou uma dinâmica de crescimento negativo, quando a média de crescimento demográfico de Angola anda à volta de 3,1 por cento ao ano.
Os dados do valor do Produto Interno Bruto por habitante, apresentados pelo Centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, estão muito abaixo dos 240 dólares americanos, projectados no relatório de 2016.
Para o referido estudo, a previsão económica deve ser feita em termos reais, e o que se verifica actualmente é uma redução da produção petrolífera e sendo a principal fonte de arrecadação de receita do Estado constitui um sinal negativo para economia nacional.
Por outro lado, os responsáveis pela elaboração do relatório não vêem com bons olhos o Estado a investir em projetos ou actividades que seria da esfera do sector privado.
Consideram ser importante que o Estado crie condições, regulamente o
mercado e dê apoios necessários ao sector privado, para dar o verdadeiro significado à economia de mercado e a propriedade privada no país.
O décimo quinto relatório, de periodicidade anual, aborda vários assuntos relacionados à diversificação económica, distribuição de rendimento, Produto Interno Bruto, pobreza, política fiscal e monetária, entre outros assuntos importantes da economia nacional.
Para Alves da Rocha, director do centro de Estudos e Investigação Científica da Universidade Católica de Angola, a influência da taxa de câmbio sobre a capacidade de crescimento da economia, não tem sido positiva quanto se esperava.