São Tomé e Príncipe: Orçamento de Estado divide o governo e políticos da oposição

Dobra, moeda de São Tomé e Príncipe

O Parlamento São-tomense aprovou esta, segunda feira, 11, o Orçamento Geral do Estado de 2021, que aponta um crescimento económico de cinco por cento, mas a oposição não concorda com a estimativa feita com base em donativos.

Depois da recessão económica de cerca de seis por cento em 2020, o governo São-tomense projectou para 2021 um crescimento da economia na ordem dos cinco por cento com base num orçamento de 166 milhões de dólares suportado em mais de 90 por cento pela ajuda externa.

“Os donativos de apoio ao sector privado e ao sector de infraestruturas serão a base deste crescimento”, defendeu primeiro-ministro, Jorge Bom de Jesus.

Mas o maior partido da oposição, ADI, pela voz do seu líder Arlindo Ramos, não acredita nos alicerces do crescimento económico defendidos por Jesus.

Ramos questiona: Na situação em que se encontram as nossas empresas de turismo, devido à pandemia e sem nenhum plano de recuperação dessas empresas, como vamos atingir um crescimento económico de 5 por cento?”

Economistas também não abraçam a perspectiva de Jorge Bom Jesus. Osires Costa, por exemplo, não acredita nesta tendência de crescimento económico, porque os principais indicadores macroeconómicos, entre eles, o crédito à economia, não apontam neste sentido.

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