Organizações não governamentais angolanos criticaram o chumbou do pedido de debate sobre a greve dos professores, cuja segunda fase termina amanhã e uma terceira está prevista para começar a 3 de Janeiro.
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A Associação Justiça, Paz e Democracia (AJPD) classifica de “impávida e serena” a forma como o Presidente e o seu Governo encaram a greve dos professores do ensino geral, enquanto o Movimento dos Estudantes Angolanos (MEA) diz que o debate ajudaria a resolver o impasse.
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O MPLA "chumbou" nesta quinta-feira, 15, um requerimento da UNITA que pedia um debate na Assembleia Nacional sobre a greve dos professores.
Francisco Teixeira, presidente do MEA afirma que o debate sobre a greve dos professores no hemiciclo ajudaria a resolver muitas das reclamações contantes do caderno reivindicativo.
“Esse assunto se fosse discutido a mais alto nível a assembleia nacional seria um trunfo”, diz.
Por seu lado, Serra Bango, presidente do AJPD, afirma que tem acompanhado com muita preocupação e perplexidade o ambiente e o clima de divisão instalado no subsistema de ensino público em decorrência das reivindicações dos agentes da educação.
“Esperava-se do chefe do Executivo e da sua equipa uma ação proactiva na relação com o Sinprof e suas reivindicações, que quanto a nós são justas no essencial, ao invés da forma impávida e serena fazendo ouvidos de mercador face ao anúncio da paralisação”, refere a AJPD, face ao anúncio da preparação e convocação da greve.
Os professores têm denunciado ameaças contra os sindicalistas.
No seu requerimento, o grupo parlamentar UNITA realçou que "quanto mais tempo durar a greve dos professores, maiores serão os danos para os cidadãos, para as comunidades e para o país no seu todo", propondo nesse sentido uma discussão sobre "causas, impactos e propostas de soluções".