O orçamento angolano para 2015 prevê uma redução de mais de 30 por cento nas verbas para combate à SIDA, que passam de 16 para 11 milhões de dólares, num contexto da baixa do preço do petróleo e redução das receitas.
A informação foi avançada pela agência financeira Bloomberg, que cita uma entrevista com o presidente da Rede Angolana das Organizações de Serviços de Sida, António Neto.
O valor de 11 milhões para 2015 representa a continuação da tendência de descida: em 2014 o orçamento previa 16 milhões e em 2013 a verba prevista para combater a epidemia de Sida em Angola estava nos 22 milhões de dólares, segundo a Bloomberg.
António Neto referiu que a capacidade do Governo angolano para conter a doença "depende na quantidade de recursos investidos, especialmente nas campanhas de aconselhamento, nos tratamentos retrovirais e na formação do pessoal de saúde" e lamentou que "Angola esteja a fazer o contrário, conduzindo ao aumento de novas infeções e de mortes". Segundo Neto, o corte no financiamento pode reverter o sucesso que o país tem tido no combate a esta epidemia, cuja taxa de infeção na população de 2,4% é uma das mais baixas em África.