Organizações da sociedade civil pediram ao Parlamento nesta terça-feira, 10, que interceda junto do Governo para suspender as actividades da mineradora chinesa Haiyu Mozambique Mining, que explora areias pesadas na província de Nampula.
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A empresa é acusada de actividades irresponsáveis que colocam em risco a vida da comunidade da zona de exploração.
A acusação consta de um relatório intitulado "As Nossas Vidas Não Valem Nada" divulgado na semana anterior pela Amnistia Internacional (AI).
"A nossa recomendação é que se mande parar imediatamente as actividades até que a empresa cumpra as normas e padrões nacionais e internacionais de exploração mineira. Não vamos esperar que aconteça uma tragédia para depois começarmos a agir", disse Fátima Mimbire, representante do Centro de Integridade Pública.
A AI diz que as actividade da mineradora chinesa afectou o sistema de drenagem das zonas húmidas, assim como a produção de alimentos da comunidade de Nhagoma, pondo em causa a sua subsistência.
Entreanto, a empresa acusada diz que o relatório reflecte um passado que já foi ultrapassado.
"Tivemos brigadas do Governo a trabalhar connosco e esses problemas todos já foram ultrapassados", garantiu Amílcar Marremula, consultor ambiental da Haiyu Mozambique Mining.
Em resposta, a Comissão Parlamentar da Agricultura, Economia e Ambiente diz que vai averiguar a situação.