Dois partidos políticos da oposição angolana rejeitaram acusações do presidente João Lourenço que os acusou de usarem jovens como “armas de arremessos contra adversários e governo”.
A acusação surge poucos dias antes de manifestações programadas para sábado de protesto contra a actual situação económica no pais e um projecto e lei do governo para controlar as actividades das Organizações Não Governamentais
Benedito Daniel, Presidente do Partido de Renovação Social, PRS, nega ter pago qualquer jovem para se manifestar contra o governo de João Lourenço.
“Temos que convir que tudo que os jovens fazem é da sua livre consciência, e faz parte das suas reivindicações, portanto nada de pagamento, pelo menos o PRS nunca fez isso e nunca o fará", disse.
A UNITA na voz do seu secretário para comunicação e marketing, Evaldo Evangelista, acredita que estão na base destas manifestações as más condições sociais das populações.
“O que está a despoletar esse mal estar a nível da juventude e da sociedade são as más políticas aplicadas pelo governo do senhor presidente João Lourenço então senhor presidente João Lourenço está aqui a ver fantasma onde não há fantasma”, disse.
Segundo Laurinda Gouveia, que vai manfiestar se no sábadoos novos protestos em Angola são frutos da frustração que os jovens angolanos carregam por conta da falta de oportunidades e o elevado custo de vida no país.
“Nós vamos sair às ruas, nós não temos mais nada a perder, invés de vir a acalmar ainda vem mais provocar, esses pronunciamentos só traz mais raiva e estamos saturados”, disse.