O MPLA, partido no poder em Angola, lançou no fim-de-semana a denominada “campanha pública para a moralização da sociedade angolana”, que visa, segundo a organização, “combater a corrupção, o nepotismo, a bajulação e a impunidade paragarantir um futuro melhor e bem-estar das famílias angolanas”.
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Os partidos da oposição afirmam, entretanto, ser esta mais uma campanha a juntar a tantas outras que não tiveram qualquer sucesso.
O partido diz que a campanha estende-se por todo o país até 2021.
No lançamento da campanha, a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, disse que o gesto do seu partido pretende “contribuir para a moralização da sociedade angolana, sobre o combate à corrupção, ao nepotismo, à bajulação e à impunidade.
Damião considerou tréguas afirmando ter chegada a hora de se fazer um corte e uma ruptura contra as más práticas”.
Veja Também Luísa Damião diz que "mulheres são candidatas naturais" nas autarquiasEla ainda defendeu que “o país precisa de verdadeiros patriotas que defendem causas nobres e se propõem virar a página e deixar de navegar na impunidade, (e) alertou que “não vale a pena pensar que é apenas para inglês ver e que é selectivo como alguns tentam insinuar em vez de apresentarem opiniões construtivas”.
Para a deputada Mihaela Weba, da UNITA, “o MPLA não tem moral para exigir a moralização da sociedade” porque, para tal, “terá de prender todos os seus membros que promoveram a corrupção e outros melesnocivos para a sociedade angolana”.
Por seu turno, o vice-presidente da CASA-CE, Manuel Fernandes, diz tratar-se de “um desafio folclórico”de que não espera qualquer resultado.
Fernandes acrescenta que o resultado dos últimos processos-crime à volta da corrupção, que passaram pelos tribunais, são bem a prova disso.
Também o secretário-geral do PRS, Rui Malopa, considera que a campanha lançada pelo MPLA não passa de um “simulacro igual aos que os angolanos se habituaram a assistir”.