Os líderes dos dois principais partidos da oposição nas Honduras pediram a anulação dos resultados da eleição presidencial ainda por resolver.
Salvador Nasralla e Octavio Pineda deram entrada em tribunal na sexta-feira a um processo de anulação das eleições realizadas a 26 de Novembro.
A contagem dos votos dava vantagem ao actual Presidente Juan Orlando Hernandez, à frente de Nasralla por uma margem de 1.6 por cento.
No início da apuração dos votos, a contagem apontava para vitória de Hernandez, mas após metade dos votos contados, Nasralla surpreendemente seguia à frente com cinco pontos de vantagem. Quando Hernandez recuperou a liderança, os apoiantes de Nasralla consideraram haver fraude na contagem.
Para Octavio Pineda a eleição deve ser anulada porque "ocorreram violações com o Presidente da República a participar no processo eleitoral, quando a Constituição assim o proíbe”
Nasralla diz que a eleição deve ser declarada nula por causa da fraude escandalosa que o seu partido descobriu.
Hernandez é o primeiro Presidente hondurenho a candidatar-se a um Segundo mandato. Ele foi eleito em 2014.
Recolher Obrigatório
Durante a contagem de votos, Honduras suspendeu alguns direitos constitucionais e impôs um recolher obrigatório de dez dias, das 6 da manhã às 6 da tarde, dando às forças de segurança quaisquer poderes necessários para controlar as manifestações pós eleições.
A Amnistia Internacional disse na sexta-feira que o governo hondurenho “está a adoptar uma táctica perigosa e ilegal ao silenciar vozes dissidentes, em consequência de uma das piores crises políticas do país numa década, incluindo proibir advogados e activistas de direitos humanos de visitar manifestantes detidos”.