O discurso de posse de João Lourenço não foi presenciado pelos partidos da oposição, mas tanto a UNITA como a CASA-CE consideram que esteve “cheio de boas intenções”, mas lamentam não refeito referências aos partidos políticos, que também fazem partido do sistema democrático.
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Aquelas forças da oposição classificaram o pronunciamento de Lourenço de bastante longo, exaustivo, bonito e cansativo, mas apontam que fugiu a questões importantes como os actos de intolerância e violência praticados pelo MPLA.
"Infelizmente o novo Presidente passou ao lado dos actos de intolerância de Benguela e Lunda Sul muito graves penso que é um sinal que esta lógica de repressão, intimidação e violência vai se manter, nós vamos levar este assunto agora na Assembleia Nacional e vamos relatar a algumas organizações nacionais e internacionais", disse Alcides Sakala, porta-voz da UNITA.
Para o vice-presidente da CASA-CE, André Mendes de Carvalho Miau, o discurso de Joao Lourenço foi longo e cansativo para quem esteve lá, apesar de boas intenções, mas prefere esperar pela prática.
Miau achou estranho o novo Presidente ter passado ao lado de alguns assuntos.
“Não ouvi sobre a CPLP, mencionou varias nações mas não falou de Portugal e não mencionou em nenhum momento os partidos políticos, se calhar em reacção ao facto de os partidos políticos não terem estado na cerimónia de investidura", perguntou.
E sobre a ausência da cerimónia, Alcides Sakala da UNITA justificou dizendo que a UNITA não foi “para chamar a atenção para a necessidade de Angola ter processos eleitorais transparentes, não podemos viver sempre com a corrupção eleitoral, enganar as pessoas".