O processo eleitoral em Angola está muito distante da transparência, credibilidade e justiça que se espera de um país democrático, diz o vice-presidente da CASA-CE, almirante André Mendes de Carvalho “Miau”.
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Ao falar em exclusivo à VOA, na qualidade de porta-voz de quatro partidos da oposição que ainda tentam junto da CNE alterar o que consideram ser “vícios do processo”, Mendes de Carvalho reconhece que o pleito deste ano está longe de ser considerado livre, transparente e credível.
“Muita gente do actual poder em Angola ainda não aceita, nem assimila um Estado democrático e de direito, ao não ter essa cultura age exactamente em sentido contrario”, explica oalmirante que pergunta “como poder ser possível que o candidato a Presidente da República pelo partido no poder não se coíbe e de forma aberta perante as camaras de compra votos”.
Para “Miau” se não se alterar esse cenário, é impossível impedir “uma maioria qualificada do partido que governa Angola.
É que para aquele dirigente da CASA-CE “aqueles que não querem a democracia não querem que o processo vá avante infelizmente e ainda encontra-se numa posição dominante” e, se a oposição não for pertinente nas suas acções para contrariar a fraude, “vão voltar a ter de 60 a 70 por cento dos votos”.