No segundo dia da ‘’Operação Resgate’’, 7 de Novembro, dezenas de vendedores que se dedicavam à actividade ambulante em Benguela, sem espaço no mercado municipal, protestaram junto da Administração, onde exigiram espaços para os seus negócios.
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A presença de cães e cavalos à porta do ‘’Heróis de Moncada’’, vista como um obstáculo para quem tenciona ir às compras, complementa a onda de protestos, que levou ao mercado um funcionário administrativo.
Várias senhoras, ainda sem bancada no mercado municipal, o ponto de convergência das centenas de comerciantes que deixaram as ruas, fazem contas à vida, tendo como base o valor da taxa de ocupação face aos lucros.
“Os cães e os cavalos atrapalham os clientes, eles não sobem. Ainda não temos bancadas, a maioria. Mas estamos aqui em cima e temos de pagar 500 kwanzas semanais, mesmo sem lucros, porque não estamos a vender nada’’, lamentam as comerciantes, que temem por ‘’falta de alimentos para os filhos’’.
É o resumo dos temas que deram azo a protestos na Administração Municipal, que tratou de enviar ao mercado um funcionário, Lucas Abílio, que esteve à conversa com os feirantes.
“As pessoas que vendiam aqui ao lado, que agora foram sobem, cabem aqui. Se chamarem outros, de longe, já não dá. Talvez sejamos obrigados a dividir uma bancada para dois feirantes’’, avança Abílio.
No quadro da ‘’Operação Resgate’’, o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, estará já de visita à província de Benguela, prevendo-se que se desloque a alguns municípios do interior.