A Organização das Nações Unidas (ONU) informou nesta sexta-feira, 26, que investigará alegações de que sobreviventes do ciclone Idai em Moçambique estão a ser forçadas a fazer sexo com líderes comunitários em troca de comida.
O anúncio surge um dia depois de a Human Rights Watch (HRW) publicar relatos de mulheres sobreviventes que disseram ter sido abusadas por líderes locais.
Veja Também Depois do ciclone, como restabelecer a normalidade“Como sobre qualquer relato de exploração ou abuso sexual, estamos a agir rapidamente para acompanhar estas alegações, inclusive com as autoridades relevantes”, disse a Agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários em comunicado.
“A ONU tem uma política de tolerância zero com exploração ou abuso sexual. Não é, e nunca será, aceitável que qualquer pessoa em uma posição de poder abuse dos mais vulneráveis, ainda menos em sua hora de maior necessidade”, lê-se ainda no comunicado.
A agência revelou ainda ter treinado centenas de agentes humanitários e voluntários sobre a prevenção de exploração e abuso sexuais, acrescentando que existem “orientações claras e estabelecidas para o encaminhamento de qualquer caso em potencial de exploração ou abuso sexual”.
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