O Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) diz que está a apoiar os esforços para responder aos efeitos da tempestade tropical Filipo, que atingiu, na terça-feira, 12, a província de Inhambane, no sul de Moçambique.
Na sua página, aquela organização afirma que colocou pessoal nas províncias de Inhambane e Sofala para ajudar nos esforços de preparação e coordenação, juntamente com a Equipa Humanitária do País em Moçambique.
Por outro lado, equipamento para salvar vidas, incluindo barcos e drones, foi pré-posicionado, mas outros fornecimentos humanitários, incluindo alimentos, água e assistência educacional, são escassos.
A tempestade tropical Filipo atingiu a costa nordeste da província de Inhambane, centro-sul de Moçambique, muito perto de Inhassoro.
Segundo o OCHA, mais de 525 mil pessoas, 856 escolas e 145 centros de saúde estão localizados nas áreas consideradas de risco devido à passagem do ciclone.
O turístico distrito de Vilankulo foi largamente atingido. O seu administrador, em breve contacto telefónico com a VOA, disse que “da avaliação preliminar, não há registo de mortes ou feridos, mas há muita destruição de infraestruturas”
A tempestade, disse Edmundo Galiza Matos Jr., “destruiu muitas casas, salas de aulas, centros de saúde, estabelecimentos turísticos e instituições públicas”.
Além de danificar a avenida da marginal de Vilankulo, a tempestade afetou outras estradas, “e neste momento o crucial troço Mapinhane-Mabote tem o tráfego condicionado,” disse o administrador.
A tempestade está a trazer fortes chuvas para o centro e sul de Moçambique, que tem sido afetado por uma seca induzida pelo El Niño desde outubro.
Nas próximas 72 horas, são esperadas fortes chuvas e ventos fortes no sul de Moçambique, no nordeste da África do Sul e na maior parte de Eswatini.