A representante da ONU Mulheres em Moçambique, Florence Raes, repudia “o atroz caso de violação perpetrado por cinco indivíduos, que causou a morte de Hanifa Tembe”, no dia 6 de Junho, em Xipamanine, bairro de Maputo.
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Raes está igualmente indignada com a morte de uma menor de 16 anos, que foi violada, por quatro pessoas, em Guava, também nos arredores de Maputo, na semana passada.
A organização pede às autoridades para agirem nestes e outros casos de violência contra a mulher, que normalmente acontecem nos espaços públicos e são impunes.
“A tolerância social da violência contra as mulheres e raparigas é inaceitável”, escreve Raes numa nota à imprensa.
Júlio Langa, coordenador da Rede Homens pela Mudança, também condena os dois casos.
“Nós ficamos de braços cruzados como se fosse uma situação perfeitamente normal e há vezes que até queremos culpabilizar as mulheres e raparigas vítimas”, critica Langa.
O activista defende um trabalho contínuo para evitar a ocorrência da violência e não apenas reacção aos crimes.
“O Estado moçambicano tem de ser mais forte na educação dos homens e na abordagem das raízes que conduzem à violência,” diz Langa.
A ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas pela igualdade de género, tem apoiado o governo de Mopçambique e organizações da sociedade civil na resposta à violência no país.
Na sua nota, Raes, destaca o início da recolha de evidências sobre a violência contra a mulher nos espaços públicos, em parceria com o município de Maputo e Cooperação Espanhola.