O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau Miguel Trovoada garante que as Nações Unidas vão continuar a apoiar o país.
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Em entrevista à Rádio ONU, o representante especial citou alguns avanços em relação ao diálogo nacional entre todos os partidos políticos e a promoção da reconciliação nacional.
Sobre a reforma no setor de segurança, Trovoada referiu-se a respeito da criação de um fundo financeiro especial para a reforma ou pensão dos militares. Nesse sentido, ele disse que a ministra da Defesa já apresentou uma lista dos primeiros militares a serem reformados, cerca de 300 e da polícia, cerca de 100.
O representante especial do secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau disse ser necessário mobilizar a comunidade internacional para esses fundos de reforma que já tem alguma verba fornecida pelo Fundo de Consolidação da Paz, para que possa ser alimentado e possa passar a fase seguinte.
Por seu lado, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) informou que apoia, inteiramente, os esforços da Guiné-Bissau de levar a cabo a reforma política e de segurança do país.
Ao falar em nome da CPLP numa sessão sobre a Guiné-Bissau no Conselho de Segurança, na quinta-feira, 6, a embaixadora do Timor-Leste, Sofia Borges, disse que o novo Governo guineense está tomando as medidas certas para promover a estabilidade no país.
Participaram no encontro representantes da Guiné-Bissau, de Angola, Portugal, Timor-Leste, São Tomé e Príncipe, entre outros.
O embaixador do Brasil junto à ONU afirmou que o apoio internacional é palpável.
Já o embaixador de Portugal, afirmou que seu país tem feito esforços políticos na União Europeia para que haja um financiamento robusto à nova fase guineense. Ele lembrou ainda que Portugal já está acertando os detalhes de uma parceria na formação de quadros militares no país africano.
Após a reunião, os países-membros do Conselho de Segurança reuniram se à porta-fechada sobre o tema da Guiné-Bissau. No relatório, o secretário-geral pediu a renovação do mandato da presença das Nações Unidas no país, com o Uniogbis, até fins de Fevereiro de 2016.
A representante da Guiné-Bissau no encontro Maria-Antonieta D'Alva afirmou, por seu lado, que o apoio financeiro é vital para que o país africano avance com as reformas rumo à uma nova fase de estabilidades política e económica.