Um painel da Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu na sexta-feira, 14 de Junho, não declarar emergência internacional pelo surto de ébola no Congo, apesar de ele ter se espalhado para o Uganda esta semana, concluindo que uma declaração dessa natureza pode causar danos económicos.
A epidemia no Congo é a segunda pior da história, com 2.108 casos de ébola e 1.411 mortes desde Agosto passado. Na semana que passou chegou ao Uganda, onde três casos foram registados, todos em pessoas que chegaram do Congo. Duas delas morreram.
Veja Também Ébola faz primeira vítima mortal no UgandaNum comunicado, o painel com 13 especialistas médicos independentes do Comité de Emergência da OMS apelou a países vizinhos “sob risco” para que melhorem a prontidão para detectar e administrar casos de fora, como fez o Uganda.
Segundo o médico Preben Aavitsland, presidente interino do painel, esta “não é uma emergência global, é uma emergência na República Democrática do Congo, uma grave emergência que pode afetar países vizinhos”.
Apenas quatro emergências foram declaradas na última década, incluindo o pior surto de ébola na África Ocidental entre 2014 e 2016. Os outros foram nos casos de influenza, em 2009, pólio, em 2014, e vírus zika, em 2016.