Obama apresenta proposta para controlo de venda de armas

Procuradora Geral da República Loretta Lynch e Presidente Barack Obama

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O Presidente americano Barack Obama anuncia nesta Terça-feira uma série de medidas para combater a violência armada nos Estados Unidos, terminando o seu último ano na Casa Branca com uma demonstração de poder político.

Obama apresentará as medidas durante um discurso na ala leste da Casa Branca, de acordo com uma nota da Presidência.

Frustrado com a inflexibilidade dos republicanos, que detêm a maioria da Câmara dos Deputados e do Senado sobre o controlo de armas, apesar dos recorrentes tiroteios em massa no país, Obama busca contornar o Congresso com acções executivas que, segundo os seus assessores, terão foco na regulamentação da venda de armas e na redução de vendas ilegais.

As propostas - apresentadas a Obama, no domingo, pela Procuradora-Geral Loretta Lynch na Casa Branca - poderão endurecer as regras aos vendedores de armas e reprimir "compras de palha", em que os indivíduos potencialmente suspeitos compram armas através de um intermediário.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que Obama fará um pronunciamento "em breve" sobre as medidas administrativas que ajudarão a "manter as armas longe das mãos de pessoas que não deveriam tê-las".

Entretanto, analistas consideram ser improvável que as medidas consigam atingir as mais de 300 milhões de armas em circulação nos Estados Unidos.

As mesmas fontes consideram que essa ação terá pouca influência na redução da violência armada que mata mais de 30 mil pessoas a cada ano.

Em discurso de Ano Novo à nação, Obama declarou a sua determinação em resolver o que chamou de "negócios inacabados" para reduzir a violência armada.

Mas a decisão do Presidente de contornar a oposição no Congresso demonstra uma luta polícia e legal para este ano de eleições.

Controlado pelos republicanos, o Congresso já rejeitou medidas para reduzir a venda de rifles militares semiautomáticos.

Ao usar o último recurso de acção executiva, Obama faz um convite a uma mudança legal ligada a uma previsível defensiva política.