Obama apela a esforço mundial para combater o ébola

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Presidente Barack Obama fala sobre ébola nas Nações Unidas

Presidente americano alerta para ameaça de catástrofe.

O presidente dos Estados Unidos Barack Obama diz interessado em trabalhar com qualquer país que esteja disposto a combater a epidemia do vírus do ébola. Ao falar hoje, 25, numa sessão especial sobre o ébola nas Nações Unidas, em Nova Iorque, Obama lembrou que muitas pessoas irão morrer devido ao vírus e pediu uma acção mundial para parar esta que, para ele, é mais do que uma crise de saúde.

Apesar da situação existente nos países afectados e dos casos que não param de aumentar, Barack Obama disse acreditar que os esforços internacionais poderão impedir o avanço da epidemia e tratar os doentes.

Para ele, é possível para salvar centenas de milhares de vidas.

"Esta é uma crescente ameaça à segurança regional e global. Na Libéria, Guiné-Conacri e Serra Leoa os sistemas de saúde públicos colapsaram. O crescimento económico está a abrandar drasticamente. Se esta epidemia não for interrompida, esta doença pode causar uma catástrofe humanitária em toda a região. Numa época em que as crises regionais podem tornar-se rapidamente em ameaças globais, parar o ébola é do interesse de todo o mundo", defendeu.

Na ocasião, o presidente Obama elogiou os líderes da Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e outros países da África Ocidental que combatem a doença. “Eu quero que saibam que não estão sozinhos”, reiterou Obama, advertindo ainda que os efeitos secundários da epidemia de ébola pode ter consequências durante muito tempo.

O presidente dos Estados Unidos também realçou os esforços do seu país em combater o ébola através da instalação de um comando militar na Libéria que irá apoiar os civis.

Entretanto, ele insistiu que organizações e empresas internacionais devem agir rápidamente para mobilizar parceiros no terreno, ao mesmo que instou os governos a contribuir com pessoal, equipamento e transporte das equipas que vão trabalhar na região.

Na mesma sessão especial nas Nações Unidas, a directora-geral da Organização Mundial da Saúde Margaret Chan alertou que a epidemia está na sua fase de alerta máximo e lembrou que a situação vai piorar ainda mais, antes de começar a melhorar.

Chan apelou a um envolvimento maior dos líderes mundiais.