O Livro dos Camaleões é a nova obra do escritor angolano José Eduardo Agualusa, que compila uma série de contos não inéditos, mas que "de outra forma muitos leitores não teriam acesso", conforme explicou o escritor.
Ele que também se pode considerar um camaleão, conta por que motivo estas histórias se juntam todas num único livro depois de terem sido publicadas individualmente em jornais, revistas e outros meios de comunicação na Internet.
A partir do Brasil, Agualusa revelou na conversa, no Artes e Entretenimento da Voz da América, o que o levou a terras de Vera Cruz, que o próximo romance não será histórico e que outros projectos estão na calha:
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Quem é Agualusa:
José Eduardo Agualusa [Alves da Cunha] nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal. Os seus livros estão traduzidos em 25 idiomas.
Escreveu várias peças de teatro: "Geração W", "Aquela Mulher", "Chovem amores na Rua do Matador" e "A Caixa Preta", estas duas últimas juntamente com Mia Couto.
Beneficiou de três bolsas de criação literária: a primeira, concedida pelo Centro Nacional de Cultura em 1997 para escrever « Nação crioula », a segunda em 2000, concedida pela Fundação Oriente, que lhe permitiu visitar Goa durante 3 meses e na sequência da qual escreveu « Um estranho em Goa » e a terceira em 2001, concedida pela instituição alemã Deutscher Akademischer Austauschdienst. Graças a esta bolsa viveu um ano em Berlim, e foi lá que escreveu « O Ano em que Zumbi Tomou o Rio ». No início de 2009 a convite da Fundação Holandesa para a Literatura, passou dois meses em Amsterdam na Residência para Escritores, onde acabou de escrever o romance, « Barroco tropical ».
Escreve crónicas para o jornal brasileiro O Globo, a revista LER e o portal Rede Angola.
Realiza para a RDP África "A hora das Cigarras", um programa de música e textos africanos.
É membro da União dos Escritores Angolanos.