Num momento em que dados publicados a nível provincial pela Comissão Provincial de Eleições moçambicana dão vantagem a Frelimo e a Daniel Chapo, candidatos e partidos da oposição contestam os resultados e levantam várias irregularidades na corrida eleitoral de 9 de outubro. Perante este cenário, o analista Borges Nhamirre considera que o "futuro de Moçambique é incerto".
Veja Também Frelimo lidera resultados provisórios enquanto oposição reclamaNhamirre diz que os resultados apresentados pela Comissão de Eleições "parecem muito exagerados" e caso os mesmos sejam mantidos "há um risco de essa tensão eleitoral continuar por mais tempo".
Veja Também Irregularidades mancham processo eleitoral em MoçambiqueO analista moçambicano - que também observou algumas mesas de votação na quarta-feira, 9 - não tem muita fé que as contestações junto ao Conselho Constitucional mudem o atual cenário porque na sua opinião - este órgão, a Comissão Nacional de Eleições e a Procuradoria Geral da República "não são credíveis (...) o cidadão não acredita nestas instituições e há estudos que mostram isso como o Afrobarómetro".
Veja Também Marcha liderada por Venâncio Mondlane em Nampula termina em confrontos com a políciaContestações da oposição e a confusão pós-votação
Na quarta-feira, 17, a Polícia da República de Moçambique (PRM) cercou a sede do partido Podemos na província de Nampula, à procura do candidato presidencial Venâncio Mondlane, após tumultos e confrontos durante uma marcha liderada por ele.
Em declarações aos jornalistas na Beira, nesta quinta-feira, 17, Mondlane disse que vai apresentar atas originais da votação como prova da sua vitória e convocou uma greve à escala nacional na próxima segunda-feira, 21.
Lutero Simango, candidato pelo MDM, aventou a possibilidade de impugnar as eleições após fazer a sua contagem paralela e também diz que o seu partido tem provas de irregularidades na votação.
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Quem se comprometeu igualmente a fazer uma contagem paralela e disputar os resultados foi o candidato a governador da Zambézia pela Renamo, Manuel de Araújo.
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Recentemente, De Araújo iniciou uma digressão pela Europa e os Estados Unidos para, segundo ele, denunciar as irregularidades registadas nas eleições gerais de 9 de outubro.