Cristiano Ndombassy começou a sua carreira profissional no boxe em 2013, depois de concluir os seus estudos na universidade. Tem 16 lutas na carreira, 12 vitórias e 4 derrotas. Os fãs o conhecem como Guerreiro da Fé e já foi duas vezes campeão da categoria Peso Meio-Médio da ABU.
Cristiano é natural de Luanda e antes de se profissionalizar no boxe lutou MMA e Kickboxing. Como não tem um promotor, precisa estar sempre em forma. Para isso treina quatro horas por dia. Quando não está treinando, ensina boxe e kickboxing para adultos e crianças na Cidade do Cabo, África do Sul.
O que motiva o pugilista a dar o melhor de si todos os dias é o desejo de fazer a diferença na vida das pessoas, principalmente daquelas que se sentem abandonadas, esquecidas ou desprezadas.
Hoje Cristiano é um lutador de sucesso, mas não significa que tenha uma vida fácil. Por ser estrangeiro na África do Sul precisou se tornar o seu próprio patrocinador porque não consegue um promotor que queira trabalhar com ele.
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No mundo do boxe a figura do promotor é muito importante, pois ele é responsável por arranjar lutas, fazer contratos, pagamentos, entre outras responsabilidades.
Recentemente Cristiano chegou a perder o seu cinturão pois não teve tempo para poder organizar uma luta. Mesmo assim, ele ama o que faz. O boxe mudou a sua vida. Quando era adolescente e morava em Luanda, tinha uma vida muito difícil e acabou se envolvendo com drogas, roubos de armas e lojas.
"Eu pensava que não havia uma outra saída para mim a não ser me engajar na bandidagem".
No entanto, Cristiano sempre foi uma pessoa muito religiosa, que pedia a Deus para que lhe mostrasse o caminho. "E ele me mostrou o boxe profissional".
Foi uma atleta angolana, amiga de Cristiano, que o apresentou a um senhor que dava aulas de boxe. O treinador gostou de Cristiano e o jovem precisou fazer uma escolha que iria mudar a sua vida para sempre.
"Às vezes achamos que devemos levar a vida como ela é. Mas a vida é feita de escolhas. A decisão que tomamos hoje irá nos afectar para o resto da nossa vida".