Numa entrevista concedida à Euronews em Toulouse, o Presidente angolano João Lourenço disse que o combate à corrupção continua a ser uma prioridade para o seu governo.
Lourenço, que escolheu a França como o primeiro país europeu para uma visita oficial e onde passou três dias, disse que a nova lei do investimento privado é "mais atractiva" e que está criado um "quadro de facilitação em termos de vistos" para pessoas de negócios.
O Presidente angolano assumiu também que a luta contra a corrupção não está ganha e que o governo está empenhado em afastar esse fenómeno que é "um grande impedimento para os negócios em Angola". Mas garantiu estarem "preparados para enfrentar esse gigante problema da corrupção".
Quando questionado sobre ter afastado a família de José Eduardo dos Santos de sectores chave, como por exemplo Isabel dos Santos da Sonangol, João Lourenço disse não se tratar de "uma mera dança de cadeiras", mas uma mexida na "esperança de alcançar melhores resultados".
"Eu não mexi em filhos do ex- Presidente, eu mexi em cidadãos angolanos, que estão sujeitos, tanto como os outros, às mesmas regras".
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Em relação ao Fundo Soberano, anteriormente gerido por outro filho de José Eduardo dos Santos, João Lourenço disse que estão à procura dos recursos do FSDA, negando que esses mesmos recursos tenham sido usados, por pessoas do governo actual, para a aquisição de aviões.
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João Lourenço foi vago, no entanto, nas suas respostas relativamente à violação de direitos humanos em Angola, dizendo que o seu governo está a trabalhar para que os direitos humanos não sejam violados. De recordar que Lourenço foi criticado por figuras políticas angolanas, quando ainda em França, disse haver respeito pelos direitos humanos no seu país.
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