Não estamos independentes para matar um ao outro, diz líder adventista em Moçambique

Paz em Moçambique

A independência devia significar liberdade, paz e harmonia social, diz o bispo Salomão Muhai.

Apelos à paz e a um diálogo permanente dominaram esta segunda-feira, 25, as celebrações dos 43 anos da independência de Moçambique, país que continua a registar ataques armados na província nortenha de Cabo Delgado.

Os apelos foram feitos por representantes de diversas organizações da sociedade civil e instituições religiosas, que sublinharam que a independência devia significar liberdade, paz e harmonia social, segundo o bispo adventista Salomão Muhai.

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Não estamos independentes para matar um ao outro, diz líder adventista em Moçambique

"A matança do povo moçambicano não deve continuar, porque não estamos independentes para matarmos um ao outro", afirmou aquele líder religioso.

Por seu turno, o cardeal de Maputo, Dom Francisco Chimoio diz que o diálogo político está a registar momentos não muito bons, pelo que "é preciso muita paciência e boa vontade de ambas as partes".

Diálogo inclusivo

Para o académico Jorge Francisco, o diálogo não deve ser apenas entre o Governo e a Renamo, mas com os diferentes níveis nacionais, "porque só assim é que será possível uma verdadeira reconciliação".

Entretanto, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi referiu-se pela primeira desde o surgimento do grupo atacante, em Outubro do ano passado, considerando-os malfeitores que semeiam a morte no norte de Cabo Delgado.

De igual modo, Nyusi insistiu na desmilitarização do braço armado da Renamo, afirmando que "não há alternativa à desmilitarização, desmobilização e reinserção social" dos guerrilheiros.