Cresce o volume de ajuda a Moçambique para fazer frente às consequências do devastador ciclone Idai e, para garantir uma gestão transparente, o Presidente Filipe Nyusi anunciou que o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades deverá contratar uma auditoria independente, publicar quinzenalmente informação sobre os donativos e, em associação com entidades estrangeiras, gerir a logística dos bens doados.
Por outro lado, o Governo decretou na quinta-feira, 28, a suspensão, até Dezembro, de todas as taxas cobradas nos hospitais públicos nas regiões afectadas pelo, entre outras medidas de emergência.
"Na Saúde, vacinação de 800 mil pessoas contra cólera para evitar surtos explosivos, na educação reimpressão e distribuição de livros escolares incluindo cadernos. Na energia, descontos de 50 por cento para os sectores produtivos, nomeadamente para os agentes económicos de indústria e comércio", anunciou o Presidente da República.
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Entretanto, enquanto as águas vão secando, começa o processo de reconstrução de algumas infraestruturas e para as mesmas serem resistentes às futuras interperies, a UN Habitat sugere que Moçambique actualize o regulamento de construção.
"Nós estamos a precisar de uma actualização do Regulamento de Construção aqui em Moçambique que integra os padrões de resiliência lá dentro, disse o representante da UN Habitat.
E porque Moçambique é propenso a ocorrência de eventos ligados a mudanças climáticas, o metereologista Acácio Tembe sugere a retirada das populações das zonas vulneráveis.
"É preciso trabalharmos nas nossas infraestruturas, primeiro é preciso retirar as pessoas da zona de risco e diminuir a vulnerabilidade porque as pessoas constroem casas mas são infraestruturas que não tem nenhuma dimensão em termos de sustentabilidade e começarmos a fazer infraestruturas resilientes", defendeu Tembe.
Os mais recentes dados oficiais indicam que o Idai causou a morte de 493 pessoas e, na sequência do mesmo, já foram detectados perto de 150 casos de cólera.
Veja Também Governo moçambicano encomenda estudo sobre recuperação de infraestruturasINGC revelou também que pelo menos 1.523 pessoas estão feridas, mais de 168 mil famílias foram afectadas e no total cerca de 840 mil pessoas sofrem, de uma forma ou outra, os efeitos da passagem do ciclone na região centro.
Quanto às infraestruturas, faltam contabilizar estradas e vias de acesso, bem como outras instalações públicas, mas, no que toca a casas, mais de 15 mil foram inundadas, 55.463 estão totalmente destruídas e 28.070 parcialmente destruídas.
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