Os governos da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) deverão anunciar, em breve, o nível de participação que cada um dará à força de intermediação que vai apoiar no combate ao terrorismo em Moçambique.
O anúncio foi feito pelo Presidente moçambicano nesta sexta-feira, 24,ao inaugurar a nova sede da Televisão de Moçambique.
A Renamo e o MDM, na oposição, contratularam-se com a ajuda da SADC, embora tardia.
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"Aprovamos o envio da Força de Intervenção em Estado de Alerta, agora cada país deverá ratificar a decisão, num acto que vai ser breve e a partir daí cada um vai enviar os meios que estiverem à sua disposição", revelou Filipe Nyusi, sem dar mais detalhes.
Na quarta-feira, os Chefes de Estado e de Governo da SADC aprovaram o envio da força para ajudar as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique no combate aos insurgentes na província de Cabo Delgado, mas não revelaram nem o número de efectivos, o tipo de intervenção e a data da chegada.
O porta-voz da Renamo, principal partido da oposição, José Manteigas, congratulou-se com a decisão, que "vem ao encontro do que temos defendido há muito".
Apesar de tardia, disse Manteigas, "a Renamo manifesta o seu apoio e a sua satisfação por finalmente a SADC vir ajudar" e accredita que o país poderá conter o terrorismo com a ajuda externa.
Por seu lado, o líder da bancada do MDM Fernando Bismarque, considerou que esta ajuda "veio dar razão ao MDM e a outras forças vivas que sempre apelaram à necessidade de o país abrir-se para aceitar este tipo de apoio de forças militares", além de que, desta forma, "o país poderá ter acesso a outros recursos para fazer face ao terrorismo".